20.2.08

O assassinato do guri saltitante

Às vezes a gente acorda de bem. Com a vida. Com o motorista do ônibus. Com o elevador que demora pra chegar no térreo. Se inunda de uma alegria meio sem precedente e quer logo compartilhar essa felicidade com alguém querido.
Eu pelo menos sou assim. Faço isso de querer compartilhar toda hora. Pra que guardar só pra mim essa coisa boa que eu tô sentindo? Nunca!
Mas por que raios eu acho que sempre vou encontrar do lado de lá a mesma boa vontade?

- Hoje a gente podia comer cinco quilos de pipoca vendo aquela estréia no cinema. Tô morrendo de vontade de ver aquele filme. Vou sair cedo do trabalho. Não tá chovendo e eu de quebra tô morrendo de saudade de fazer nada com você. VAMOS?

- Humm...hoje? Ah não. Preguiiiiiiça danada.

(se isso fosse um roteiro, sugeriria aqui o áudio de grilos numa mata densa e fechada...cri....cri....cri....)

E assim sem querer se dá o violento assassinato daquele guri saltitante que amanheceu em você.

Agora me diz, seu guri já foi morto dessa forma alguma vez também?

Um comentário:

rodrigostrada disse...

Preguiça é dor que dá e passa. Mas o Poncho Abdômen está sempre pronto para todas!

=P